Boa música, boa comida, bom vinho.
Lugar decente.
Mulher honesta.
Gente inteligente não pode ser vaidosa.
Paradigmas, paradigmas, paradigmas.
Minha intenção não é quebrá-los ou segui-los.
Quero experimentar.
Experimentar a vida, os sentimentos, degustar as coisas e decidir por mim: bom ou ruim?
Temos uma gama de pensamentos predefinidos pelos costumes, que interligam comportamentos, pensamentos e reações.
Me recuso! Quero experimentar!
Não raro me verão em filas de cinema para ver aquele filme ruim, assim classificado pela crítica especializada.
Também pode ser que me vejam em shows de artistas não consagrados, e vez por outra vou cantar "Boate Azul" no famoso fim de festa de um amigo qualquer... embalando o coro com a turma.
Quero viver. Quero experimentar.
Passo horas no salão de beleza, confesso. Mas nem sempre leio as revistas de fofocas ou de dietas, me dou ao luxo de levar Nietzsche ou Dostoievski e até a Bíblia Sagrada em companhia. E, às vezes, só falo mal dos homens com as outras clientes. Mas eu experimento.
O lugar é ruim? Talvez eu vá para experimentar.
É inapropriado para a senhorita. Classificação de quem?
Já disseram que eu não podia, que não chegaria, que era perda de tempo sonhar.
Experimentei. Sonhei. E por vezes, cheguei.
Nem sempre foi bom, nem sempre venci. O caminho é cheio de espinhos, mas é maravilhoso poder dizer: experimentei.
Muitas vezes quebrei a cara, mas experimentei.
A caminhada é árdua, as escolhas nem sempre fáceis e as decisões necessárias.
Com a maturidade fui me aprendendo, conhecendo meus vinhos, meu estilo, meu querer, meus sonhos, meus amores.
Mas sinceramente: eu gosto mesmo é de experimentar!
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