Por: Cristiane Laura de Souza - Mãe, advogada,
escritora, consultora de estilo e uma balzaquiana absolutamente apaixonada pela vida
Há algum tempo vinha me
questionando sobre o tempo que destino ao meu filho e minha sobrinha. Não tenho
tempo. Sinto culpa. Esse era o raciocínio.
Trabalho, viagens,
rotina, necessidade de investimentos e o cansaço me impedem de fazer aquela
maravilhosa viagem de 15 dias na Disney, ou um safári, ou qualquer coisa
mirabolante do tipo que sempre planejo fazer com eles.
Nas últimas férias,
como de costume, passaram alguns dias no interior em companhia dos avós.
Brincaram na praça, tomaram banho de rio, pescaram, comeram fruta direto do pé,
encontraram os primos e fizeram do imenso quintal o seu mundo de fantasias.
Tudo isso enquanto eu trabalhava - culpada, claro.
Psicólogos e pedagogos
nos dizem o que fazer, programas de televisão, livros, amigos. Tanta gente para
opinar. As informações sobre a educação dos filhos atualmente é tão vasta que
muitas vezes estive perdida sobre o que, de fato, fazer.
Como nossas avós, que
tinham tantos filhos, educavam os seus filhos sem essas receitas prontas?
Há uma semana, tive uma
experiência muito interessante.
Na volta às aulas, meu
pequeno tinha como tarefa descrever e desenhar o que houve de melhor em suas
férias. Imaginei que ele iria descrever a viagem, o rio, os primos, o passeio
de trenzinho, enfim....
Mas o que vi me
emocionou profundamente. Ele desenhou e descreveu um dia de lazer que passamos
juntos em uma pousada. Foi somente um dia, era o tempo que tínhamos. E foi o
que marcou. Foi o que bastou para marcar sua mente.
Então descobri que não
precisamos de grandes viagens, de inúmeros dias ou de tempo indeterminado
juntos. Precisamos só de um tempo. E tempo para fazer coisas simples.
No último final de
semana fomos juntos ao supermercado, ele pilotou o carrinho sob o carro de
compras e eu pude passar longos minutos na adega lendo rótulos. Depois, fizemos
piquenique no parque. Nos sentamos na grama, tomamos suco, comemos pão de
queijo e depois, chocolate. Voltamos para casa felizes.
Assim, eis o meu
aprendizado receitinha da vovó: ser mãe é muito simples, a gente é que complica. Livre-se da culpa e
curta, no tempo que tiver, coisas simples com os seus pimpolhos. Eles vão
agradecer.
Beijocas e muitas
brincadeiras ao ar livre para vocês!!!
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