Cristiane Laura de Souza - Mãe,
advogada,
escritora e uma balzaquiana absolutamente
apaixonada pela vida
Inúmeras dúvidas circulam nas rodas de
conversas.
Devo abrir a porta do carro para ela?
Devo esperar ele abrir a porta do carro?
Não é inseguro?
É falta de cavalheirismo não abrir?
Confesso que já paguei alguns (confesso
- muitos) micos por conta da porta.
Certa vez, um respeitado e querido amigo
abriu-me a porta do motorista do meu carro e eu, sem saber ao certo o que
fazer, ofereci-lhe as chaves. Ele cordialmente fez um movimento com o braço,
indicando que era para que eu entrasse e tomasse meu lugar ao volante
(ruborizei - tive vontade de desaparecer!)
A mais recente aconteceu com um nobre cavalheiro,
que me buscou em casa para um passeio com amigos. Claro, desceu e abriu a
porta. Chegamos ao lugar. Claro, ele desceu novamente e abriu a porta.
Então resolvemos ir ao supermercado
buscar alguns itens do jantar.
Ele, claro, abriu a porta. Ao chegar lá:
desceu e abriu a porta.
Mas na volta, com as sacolas... essa
balzaquiana entrou em ação. Não resisto. Abri a porta, desci e ainda ajudei com
as sacolas.
Fiz certo?
Errei?
Ainda não sei.
Mas se querem mesmo saber o que penso:
As portas de carros pouco importam,
quero mesmo é gente que descruze os braços, desnude o peito e abra a porta do
coração para amar.
Quero gente que queira curar feridas,
que não viva em torno de si.
Quero gente que ame. Quero gente que queira
ser amada.
Quero gente, gente de verdade, gente de
portas escancaradas, que tenha corpo, alma e coração.
Fale com a gente:
balzaquianadebatomvermelho@gmail.com.br
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